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segunda-feira

Sei do que sou?

Esta manhã encontrei-me com outro deles,
Foi importante para lembrar-me que nada sou.
Este que pertence aos não-pertencentes,
Tendo em vista, o olhar alheio que mata.
Lá estava com seu cheiro peculiar que quase era uma mistura
De banheiro pós-uso com carne, sangue e coração-latente.

Sentou-se ao degrau de desembarque e por lá ficou,
Como quem não queria, querendo, ser visto.
Manteve-se a segurar um rojão energético,
Disparado contra ele pelo coletivo lotado.
Mas importante que vê-lo porém,
Foi vê-lo sorrir!
Aparentemente não de alegria,
Mas pelas ironias vividas.

Mr Deep - 30/05/2011
Vivo!

quinta-feira

Educação e criação






Na educação de nossos filhos


Todo exagero é negativo.

Responda-lhe, não o instrua.

Proteja-o, não o cubra.

Ajude-o, não o substitua.

Abrigue-o, não o esconda.

Ame-o, não o idolatre.

Acompanhe-o, não o leve.

Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.

Inclua-o, não o isole.

Alimente suas esperanças, não as descarte.

Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.

Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.

Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.

Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.

Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.

Não lhe dedique a vida, vivam todos.

Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.

E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra…

Ensina-lhe a viver sem portas.


Eugênia Puebla


fonte:
Texto retirado do site Florescer Jardim de Infância Waldorf

fonte: Imagem de Arquivo Pessoal sob uma licença Licença Creative Commons
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.

terça-feira

O Poder Da paciência...( Autor Desconhecido)



Sem paciência, não podemos aprender as lições que a vida nos ensina e não conseguimos amadurecer. Permanecemos naquele estágio de bebês irritadiços, incapazes de adiar a obtenção do prazer e de nos dedicarmos à busca do que verdadeiramente desejamos. Se quisermos viver de forma mais completa e intensa e não fazendo tudo às pressas, é fundamental praticarmos a paciência - Paciência com nós mesmos, com as outras pessoas e com as grandes e as pequenas circuntâncias da vida.
Nunca se precisou tanto de Paciência quanto agora - e nunca o estoque esteve tão baixo. Mas podemos mudar isso. Mudando de atitude, somos capazes de aprender a utilizar o poder da Paciência. "É preciso misturar motivação (querer), percepção (prestar atençao á nossa estrutura interna) e prática".
Podemos Fazer isso porque a paciência é uma característica humana capaz de ser fortalecida. Nós já a possuimos, pois a vida nos impõe uma série de situações que nos obrigam - queiramos ou não - a ser pacientes. O que nos falta é ter consciência do que nos ajuda a ser paciente, do que provoca a nossa impaciência ou do que fazer quando a nossa paciência esta no limite.
A paciência nos dá autocontrole, capacidade para mudar e usufruir mais plenamente do momento presente. A paciência nos ajuda a sermos mais amáveis com os outros, mais confiantes nas circunstâncias de nossas vidas e mais capazes de obter o que queremos.
A paciência constantemente nos recompensa com os frutos da maturidade e da sabedoria: relacionamentos mais saudáveis, melhor qualidade de trabalho e , sobretudo, maior paz de espírito. Ela consegue esse milagre reunindo Três qualidades essenciais da mente e do coração:


PERSISTÊNCIA, SERENIDADE E TOLERÂNCIA.

sexta-feira

A Numerologia



Nunca fui uma pessoa das mais atentas, e cá entre nós, nem o pretendo ser.
Mas hoje pela manhã prestei atenção em um amigo com quem compartilho das idas de todas as manhãs para a labuta.
Durante o início do percurso eu perguntei que horas ele havia acordado, apesar de saber que comumente às seis da manhã ele já está de pé, porém, estou até agora esperando esta resposta dele.
Seguimos nosso caminho lado a lado e diversos assuntos surgiram, como normalmente ocorre. Ao chegarmos ao local onde trabalhamos uma pessoa que passava pela rua, com uma prancheta em mãos, nos perguntou que dia era hoje e logo respondi que era sexta-feira, dia seis de maio. A expressão de meu companheiro novamente alterou-se, fechou a cara e olhou para um ponto perdido no universo, como alguém que não gostara de saber do dia que acabara de se iniciar.
Mas como já citei, minha desatenção é uma benção e não associei que ele anteriormente não queria sequer lembrar a que horas acordara.
Ao adentrarmos o prédio, passamos por um recém-contratado estagiário que comentava sobre sua carga horária de seis horas e estava feliz
por não ter que trabalhar, como nós reles mortais, até as seis da tarde.
Até que encontramos uma colega de trabalho, carioca que com seu sotaque arrastado falou:
- Pô, vocêis iam passar direto por mim?
E após cumprimentar-me, falou ao pé do ouvido desse meu amigo palmeirense:
- O que houve com seu time? Levar seis gols assim?
Logo entendi que para os fanáticos em futebol a numerologia é muito mais do que uma nomenclatura.

quinta-feira

Guias



Amadurecer e fazer escolhas, tentar a cada ano criar discernimento para caminhar e subsistir em meio à vida, vida esta habitada junta a megalópole, a cidade de vários caminhos, trilhas e muitos outros atalhos.
Uma consulta rápida ao guia de ruas nos levaria para qualquer lugar outrora desconhecido, mas na realidade será que existiria um guia para nossas decisões?
Fronteiras estabelecidas mentalmente, um território hostil muitas vezes nos aguarda, medo de pisar em falso, ou mesmo não ter volta. Decidir conscientemente ou deixar o coração soprar a direção para o lugar almejado?
Ruas, estradas, pedestres, transeuntes afoitos. Todos vocês que parecem misturar-se a meu percurso, cada um deveras aponta-me de forma única uma nova dica,uma palavra de encontro ou talvez de desencontro.Sinto que o tempo cobra-me um passo mais rápido, exige um esforço sobre humano, alerta-me de que não posso comparar-me a outros, ou mesmo querer desistir.
Procuro uma calçada limpa para sentar-me, repousar por momentos meus pés, que encontram-se inchados por dedicação a minha caminhada, penso ter encontrado um abrigo,feliz abro um leve sorriso,satisfação apodera-se de mim, mas;
As calçadas não tem espaço livre, em toda sua extensão encontram-se ocupadas por guerreiros desfalecidos, alguns sentados, outros já deitados tomados pelo esmorecimento, alguns casais que parecem-me não saber onde estão.Idosos e crianças perdidas, olham para os lados num clamor interno de que alguém possa tirá-los dali,levá-los para um lugar reconfortante e seguro.Atônito por um instante penso entrar em desespero,peso sobre tamanho ata-se aos meus ombros,percebo que não há lugar para descanso.
Corro, corro, quase penso sair do chão e alçar vôo, as imagens não são mais nítidas, um mundo desfigurado pela velocidade inunda minhas pálpebras, quero dar meu melhor, preciso encontrar meu lugar. Meu norte. Minha razão.
Não sinto mais minhas pernas, não sinto mais o calor intenso que leva-me sempre ao suor,não vejo algo nítido,nenhum reconhecimento de onde esteja.
Apenas um clarão ilumina meus olhos, quase ferindo minha visão. Tapo-lhes e num movimento de entrega,deixo meu corpo cair sobre aquela estranha atmosfera.
Flutuo... Flutuo naquela luz outrora ofuscante, me sinto acolhido por braços invisíveis, como numa dança secreta que colocaria qualquer ser vivo em estado de paz profunda. Apesar da estranheza desejo entrega-me, deixar que meu coração de pedra,seja cuidado e quem sabe amolecido,transformando-se num novo coração de carne.
Sem pressa, adormeço nos braços da luz e com lágrimas molhando minha face, peço um renovo e transformação para este ser que tanto precisa saber onde deve chegar.

Por Azriel - Maio de 2007